quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Em duas décadas, número de presos sobe mais de 500%


Presos do Conjunto Penal de Valença
Em Valença, o Conjunto Penal está ocupado com o dobro de sua capacidade. Em todo o estado, são 8.347 vagas, mas estão custodiados 11.470 presos
Os recentes episódios verificados no presídio de Pedrinhas no Maranhão chamam a atenção para o “barril de pólvora” que a superpopulação carcerária poderá provocar nessas unidades. Atualmente, o Brasil possui uma massa carcerária de 550 mil pessoas espalhadas pelas 27 unidades da federação. Em 1990, eram 90 mil presos. O número coloca o país no quarto lugar entre as nações com a maior quantidade de encarcerados no mundo. Apenas os Estados Unidos da América (2,2 milhões), China (1,6 milhão) e Rússia (680 mil) possuem mais pessoas presas em suas penitenciárias.
Ou seja, em pouco mais de duas décadas a população carcerária brasileira aumentou seis vezes. Nesse mesmo período, a população do país passou de 147 milhões de habitantes, em 1990, para 191 milhões em 2012. Atualmente, o Brasil registra a taxa de 228 presos para cada grupo de 100 mil moradores.
BAHIA/VALENÇA
Esta situação também se reflete nos conjuntos penais da Bahia. De acordo com divulgação no sitie da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), existem em todo o estado, 15.328 pessoas custodiadas nos diversos presídios localizados na capital Salvador e interior do estado. Segundo a SEAP, os 13 conjuntos penais do interior oferecem 8.347 vagas, mas estão ocupados por 11.470 presos. Em Valença, são oferecidas 228 vagas, mas estão custodiados 528 internos, 260 a mais. A situação se agravou, após o Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) recomendar a transferência de todos os presos que estavam custodiadas na delegacia do município para o conjunto penal.

Magno Jouber

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