Por João Salustiano
O que dizer de nós Nordestinos,
quando o assunto é São João? Ah! muitas coisas!.
Gente com jeito pra dança, povo sem
jeito na praça, gente esbanjando alegria, povo com vontade de licor, gente
assanhada ralando fivela, e por ai vão os jeitos e trejeitos dos Nordestinos.
Eitchaa!!.
Passou o carnaval o pensamento é um só,
forró!.
Ituberá, independente da programação
oficial da festa é sempre um destino procurado por muitos e ai daquele que
falar o contrário!. O circuito composto por barracas, ambulantes, decoração
temática e tons coloridos das camisetas das festas particulares dão o tom do
evento.
Iniciam-se as especulações: Qual será
o tema? Qual a programação das atrações? Vai de Jegue ou Jega? Forró Dendê ou Guelas?
Não importam as respostas, afinal descontrair, curti os amigos de fora, mostrar
variados looks é o que mais interessa, contando é claro com as azarações
afetivas de todos os tipos e gostos.
A dinâmica rítmica é percebida
próxima aos palcos propositalmente instalados no circuito da Festa para que os
participantes não saiam de sintonia.
De um lado o palco principal onde as
grandes atrações apresentam acordes conhecidos pela maioria e disponível na
mídia. Do outro lado, um espaço temático preparado com muito carinho que
lembrou um coreto, muito comum em cidades do interior. Em cima do palco grupos
locais que abrilhantaram a festa com
muito xote, galope, baião. A galera bem próxima cantou junto, xaxando,
rastando a chinela.
O movimento da moda típica da época
envolveu o tradicional xadrez com majestosas botas, jaquetas e casacos, par de
calças do lado, combinado com prosa e sangê, licor e cerveja, mão boba, gracejo
e chamego. Tudo validado pelo Santo, João.
“O candeeiro se apagou, o sanfoneiro
cochilou, e sanfona não parou e o forró continuou”.
Eis ai, a saga do Nordestino aqui e
acolá, não noites de folguedos, sempre lumes das fogueiras acesas de todo São
João!.
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